A evolução da agricultura é um dos principais focos dos produtores e das instituições responsáveis por esse setor. Entretanto, com esse avanço chegam as pragas que assolam as lavouras e trazem prejuízos aos produtores. O programa Diálogos do Campo, edição especial do projeto Mais Milho, traz temas relevantes sobre o grão em Mato Grosso com o especialista em cultura do milho da Bayer, Paulo Garollo, e o vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Beber.

Nesta segunda safra, mais do que nunca, foi observado e estudado o aumento da população de cigarrinhas no estado. Garollo trouxe pontos importantes que explicam como a reprodução da praga se multiplicou. Entre eles, estão o clima do Centro-Oeste e o milho tiguera.

Combate à cigarrinha pelo produtor

Beber acrescentou à fala do especialista o ponto de vista dos produtores com relação ao manejo, informando como eles têm lidado com o inseto nas lavouras.

“O produtor tem consciência da praga e dos prejuízos que ela dá. Ele tem feito o dever de casa. Mas hoje o mercado é muito limitado e uma das primeiras coisas a rever é a genética, buscando materiais mais tolerantes para evitar o tombamento da planta”, afirma.

Milho o ano inteiro em Mato Grosso

Mato Grosso é um estado que, apesar de concentrar a produção de milho na segunda safra, também cultiva uma pequena parte das lavouras na primeira. Assim, produz milho o ano inteiro. Por isso, é preciso buscar a conscientização geral da classe produtora sobre como melhor efetuar o manejo contra a cigarrinha-do-milho, concordam Beber e Garollo.

“Quem dita o mercado é o produtor rural. Então ele deve começar a exigir produtos mais resistentes. Se conseguirmos a resistência genética, é melhor ainda, porque facilita o manejo”, diz o vice-presidente da Aprosoja-MT.

Reavaliação de defensivos

Buscar o melhor e produzir cada vez mais. Esse é o objetivo do produtor mato-grossense. Mas o processo de reavaliação pelo qual estão passando alguns produtos pode se tornar um problema para o agronegócio. É o que ocorre, por exemplo, com os defensivos paraquat e carbendazim.

Garollo diz que o principal problema é a exigência da retirada do produto sem que haja uma substituição adequada. “Precisa ter uma comissão técnica com estudos paralelos para trazer [uma solução] ao agricultor – ‘Estamos tirando isso, mas temos este que pode ser utilizado’ ”, exemplifica.

*Sob supervisão de Luiz Patroni

Fonte: https://www.canalrural.com.br/sites-e-especiais/mais-milho/dialogos-do-campo-como-controlar-a-cigarrinha-do-milho/

A colheita da safrinha de milho atingiu 80,3% da área estimada no Centro-Sul do Brasil até quinta-feira passada (4), em comparação com 72,7% uma semana antes e 58,4% no mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento da AgRural.

A colheita está encerrada em Mato Grosso e na reta final em Goiás.

Segundo a consultoria, o tempo firme persistiu na semana passada como o maior aliado da colheita da safrinha 2022 de milho, que teve bom avanço nos estados de calendário mais tardio.

“A previsão de chuva no fim de semana no Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo também estimulou o avanço das máquinas antes que a umidade chegasse”, destacou a AgRural.

Safra de verão

A semeadura do milho verão da safra 2022/23 já teve início no Rio Grande do Sul. Conforme a AgRural, com boa umidade no solo, previsão de mais chuva e sem sinais de geada no curto no prazo, os produtores da Fronteira Oeste estão com as plantadeiras em campo, levando o total plantado no estado a 5,5%, o que representa 1,5% da área do Centro-Sul do Brasil.

A ideia dos produtores é colher esse primeiro milho no fim de dezembro e início de janeiro e, na sequência, fazer safrinha de soja.

Uma forte frente fria deve levar chuva para muitas áreas do Brasil, além de provocar rajadas de vento, raios e até granizo em alguns pontos. O ar mais seco de origem polar começa a avançar pelo Centro-Sul no fim da semana, por isso a chuva diminui.

Mas o destaque será o frio, com chance de geada em vários pontos entre quarta (10) e quinta-feira (11). Será a primeira onda de frio intensa de agosto.

Chuva e frio

A atmosfera fica mais instável neste início de semana e a circulação de ventos mantém o tempo muito instável no Sul, em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e sul de Goiás.

Há previsão de chuva em todas essas áreas, com destaque para temporais, principalmente no litoral norte do Rio Grande do Sul, leste de Santa Catarina, interior do Paraná, oeste de São Paulo, sul de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Há risco de queda de granizo nas próximas 24 horas no Centro-Sul do Brasil.

Risco de granizo em milho e trigo

Embora a colheita do milho segunda safra esteja em ritmo avançado, ainda há áreas a serem colhidas, que estão sob risco de granizo. Além disso, a chuva paralisa as atividades de campo.

Em relação ao trigo, a chuva tão aguardada para as áreas mais no norte do Paraná e sul de Mato Grosso do Sul, onde a lavoura está majoritariamente em fase de enchimento de grãos, pode vir acompanhada por granizo entre esta segunda (8) e terça-feira (9).

Corredor de umidade

No Sul, no Centro-Oeste e em parte do Sudeste, as chuvas são causadas por um corredor de umidade que vem da região da Amazônia.

Mas em Mato Grosso do Sul, no Sul e no interior de São Paulo, ainda há o reforço de uma área de baixa pressão atmosférica que se forma a 1,5 km de altitude, além das fortes correntes de vento em altitude.

Chove em praticamente todo o estado de São Paulo, no sul de Goiás e de Minas Gerais. À noite, chove no centro-sul do Rio de Janeiro. As temperaturas não sobem muito.

O ar seco ainda impede a ocorrência de chuva no Espírito Santo, centro-norte de Minas Gerais, Distrito Federal, norte de Goiás, Tocantins, centro-sul do Pará e interior do Nordeste.

A chuva no Nordeste fica concentrada no litoral nesta semana e, em geral, não há previsão de volumes elevados. No início da semana há previsão de chuva volumosa no leste catarinense, sul e leste do Paraná e no norte do Rio Grande do Sul

Frente fria e ciclone

Na terça-feira, ocorre o processo de formação da frente fria e de um ciclone. A previsão é de chuva em todo o Sul, em São Paulo, Rio de Janeiro, sul de Minas, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e centro-sul de Goiás.

A frente fria consegue levar chuva até Rondônia, Acre e Amazonas. Além da chuva, os ventos sopram de forma moderada a forte em muitas áreas, e as temperaturas ficam baixas no Centro-Sul.

O litoral do Nordeste fica instável, com algumas pancadas de Salvador até o litoral do Ceará e também no litoral do Maranhão.
Tempo firme ainda no Espírito Santo, centro-norte de Minas Gerais, Distrito Federal, Tocantins e interior do Nordeste.

Fonte: https://www.canalrural.com.br/noticias/tempo/primeira-onda-de-frio-de-agosto-esta-a-caminho-veja-quando-chega/